Arquivo mensais:abril 2015

Professor universitário em regime de dedicação exclusiva obtêm decisão judicial que suspende a cobrança dos valores recebidos por gratificação de exclusividade

Decisão foi proferida pela juíza federal substituta da 22ª vara da Seção Judiciária de Minas Gerais.

Um professor da Faculdade de Medicina da UFMG filiado ao Sindicato dos Professores de Universidades Federais de Belo Horizonte e Montes Claros – APUBH, através de ação patrocinada pelo escritório Geraldo Marcos & Advogados Associados, conquistou judicialmente decisão que deferiu o pedido de antecipação dos efeitos da tutela“a fim de determinar à UFMG, que se abstenha de descontar da folha de pagamento eventuais valores à título de reposição ao erário em virtude do discutido nesta ação”, bem como determinar a suspensão da Guia de Recolhimento da União – GRU da quantia apurada pela UFMG de valores supostamente pagos de forma indevida, em virtude de alegado descumprimento do regime de dedicação exclusiva na referida IFE.

Segundo a decisão proferida pela Juíza Federal Substituta da 22ª Vara da Seção Judiciária de Minas Gerais “para fins de constatação de ilegalidade na percepção da gratificação por dedicação exclusiva e conseqüente determinação de reposição ao erário de vultuosa quantia percebida pelo autor em caráter alimentar, entendo necessária a demonstração da inexistência de boa fé do autor na percepção da referida vantagem, por meio de inconteste comprovação do efetivo desempenho de atividade remunerada pelo autor, o que não se comprova apenas pela informada percepção de pró-labore.”

Portanto, segundo a Juíza Federal, a má fé é que tem que ser provada pela UFMG, o que dependerá de ampla instrução probatória no processo judicial.

A UFMG ainda pode recorrer da decisão ao Tribunal Regional Federal da 01ª Região, com sede em Brasília.

O professor recorreu ao próprio Juízo, por meio de embargos de declaração, questionando a necessidade de fixação de prazo para cumprimento da decisão pela UFMG e ainda de multa por atraso ou descumprimento da referida decisão​.

(Notícia extraída do seguinte endereço: http://apubh.org.br/acontece/acoes-juridicas/professor-universitario-em-regime-de-dedicacao-exclusiva-obtem-decisao-judicial-que-suspende-a-cobranca-dos-valores-recebidos-por-gratificacao-de-exclusividade/)

SINDIFES participa da organização de Marcha dos Trabalhadores da Saúde pelas 30 Horas

A luta pela regulamentação da jornada de trabalho de 30 horas semanais para os trabalhadores da saúde vai tomar as ruas de Belo Horizonte em um grande ato unificado no dia 12 de maio.

Para preparar e discutir o eixo da ação, diversas entidades sindicais e organizações ligadas à saúde já realizaram quatro reuniões. O ato do dia 12 foi denominado “Marcha da Saúde pelas 30 Horas”.

Participam da organização da Marcha o Sindicato dos Trabalhadores nas Instituições Federais de Ensino (Sindifes), o Sindicato Único dos Trabalhadores da Saúde (Sind-Saúde/MG), a Associação Brasileira de Enfermagem (ABEn), os sindicatos dos Enfermeiros de Minas Gerais (SEEMG), dos Empregados em Estabelecimento de Serviço de Saúde (Sindeess) e dos Servidores de Belo Horizonte (Sindibel), o movimento Enfermeiros em Luta, o Conselho Regional de Serviço Social (CRESS/MG), Movimento Popular de Saúde (MOPS), Confederação Nacional dos Trabalhadores em Seguridade Social, Sindicato dos Psicólogos de Minas Gerais (PSIND-MG) e Central Única dos Trabalhadores (CUT/MG).

A proposta das entidades é chamar a atenção dos governantes, prestadores de serviço em saúde e a população para a importância de se regulamentar em 30 horas a jornada de trabalho dos profissionais que lidam com a saúde. É comprovado que a rotina estressante e com plantões prolongados interfere no atendimento e na saúde do próprio trabalhador. Esta é uma luta de toda a sociedade por uma saúde de qualidade

A Marcha irá reivindicar a redução da jornada para todos os trabalhadores da saúde em unidades públicas e privadas, sem redução dos salários. A carga horária de 30 horas para os profissionais da saúde é uma recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Esclarecemos que esta é uma luta feita em parceria com outras entidades e que não anula ou diminui a luta pelas 30h na IFES. É mais uma bandeira que carregamos juntos com outros Trabalhadores e Trabalhadas deste país)​.

(Notícia extraída do seguinte endereço: http://sindifes.org.br/noticia/100538/

Reunião aprova indicativo para início da greve nacional dos professores federais

O Setor das Instituições Federais de Ensino Superior (Ifes) do ANDES-SN definiu, em reunião realizada neste final de semana (25 e 26), na sede do Sindicato Nacional, em Brasília (DF), a rodada de assembleias gerais, nas seções sindicais, pautando indicativo de greve dos docentes federais, com início da paralisação no período de 25 a 29 de maio. A reunião contou com a participação de 37 seções sindicais do ANDES-SN.
 
Segundo Paulo Rizzo, presidente do ANDES-SN, a mobilização nas seções sindicais nas próximas semanas será fundamental para definir as próximas ações da categoria. “O Setor aprovou o indicativo de período para inicio da greve, mas ainda dependerá da rodada de assembleias nas seções sindicais para definir se deflagraremos a greve e em que dia isso deve ocorrer”, explica. 
 
O presidente do ANDES-SN ressalta que, em abril do ano passado, o governo interrompeu as negociações com o ANDES-SN, quando foi registrado um avanço nas tratativas sobre a carreira docente. “Desde então, não conseguimos mais no reunir para dialogar sobre a questão, apesar das inúmeras tentativas do Sindicato, e o MEC [Ministério da Educação] também não responde às nossas solicitações de audiência para tratar da pauta de reivindicações de 2015, a qual já protocolamos”, conta.
 
Durante na reunião do Setor das Ifes, os representantes das seções sindicais relataram a profunda precarização das condições de trabalho e ensino nas Instituições Federais, com problemas de infraestrutura, falta de docentes e técnicos para atender a demanda decorrente da expansão desordenada, o atraso de pagamento dos trabalhadores terceirizados, suspensão de contratos de manutenção e de fornecimento de insumos, atraso de pagamento das contas de água e luz, o corte de bolsa para estudantes (de pesquisa, de ensino e de extensão), corte de verbas de fomento e de diárias e passagens para participação em eventos científicos, dentre outras evidências da precarização. A situação vivenciada pela comunidade acadêmica nas IFE se agravou, em 2015, com os cortes impostos às verbas destinadas aos serviços públicos, que no setor educacional representou R$ 7 bilhões.
 
“Diante dessa realidade e com base nas deliberações das assembleias gerais já realizadas em abril, o Setor das Ifes avaliou a necessidade de ampliar a nossa luta em torno da pauta de reivindicações que aprovamos no 34º Congresso do ANDES-SN, realizado no final de fevereiro em Brasília, já protocolada junto ao MEC [Ministério da Educação], e para a qual ainda não tivemos nenhuma resposta”, reforça Paulo Rizzo. Os principais pontos da pauta dos professores federais são a defesa do caráter público de educação e a garantia da função social das IFE em prol da classe trabalhadora; reestruturação da carreira para o magistério federal, condições de trabalho, garantia de autonomia, valorização salarial para ativos e aposentados, e a luta contra a reforma da previdência – com a revogação das medidas provisórias 664 e 665.
 
Rizzo lembra a luta histórica dos professores em defesa da educação pública e pela reestruturação da carreira, e ainda em defesa do serviço público e contra a retirada de direitos dos trabalhadores. Nesse sentido, ele ressalta a mobilização que o ANDES-SN vem construindo em conjunto com os demais servidores públicos federais (SPF), organizada pelo Fórum das Entidades Nacionais dos SPF, que já resultou na vitoriosa jornada de lutas realizada em abril, que conseguiu antecipar as negociações com o governo federal em torno da pauta unificada dos servidores federais.
 
“Como resultado da reunião do Setor foi construído também um calendário de lutas dos docentes, articuladas a Campanha Salarial dos Servidores Públicos Federais (SPF), na perspectiva da construção de uma greve unificada”, aponta o presidente do Sindicato Nacional. Confira ao final da matéria.

Paulo Rizzo destaca ainda que na reunião realizada entre o Fórum dos SPF e o Ministério do Planejamento, o secretário de Relações do Trabalho Sérgio Mendonça sinalizou que até o final de maio o governo irá fechar o pacote de pré contingenciamento financeiro, com novos ajustes fiscais. “Isso impõe ainda mais urgência da mobilização, pois não podemos esperar que venham ainda mais cortes”, disse.

Entre os encaminhamentos da reunião do Setor das Ifes, está a realização de um Dia Nacional Paralisação dos docentes nas IFE, integrando o dia de luta chamado pelo Fórum dos SPF, mas com destaque para as pautas específicas em defesa da carreira docente, dos direitos de aposentadoria e contra os cortes de verbas na educação. “Diante da conjuntura, temos a necessidade de fazer do dia 14 uma grande demonstração de força da categoria, sem o que não conseguiremos avançar nem na pauta específica dos docentes nem na unificada com os demais servidores federais”, conclama o presidente do ANDES-SN.

Nos dias 15 e 16 de maio, ocorre nova reunião do Setor das Ifes, em Brasília, para avaliar a conjuntura e o resultado da rodada de assembleias sobre o indicativo de greve. Leia aqui o relatório da reunião.

Retrospectiva
A reunião do Setor das Ifes também fez um balanço das negociações com o governo federal, que desde o mês de abril de 2014 interrompeu as tratativas, apesar do representante do Ministério da Educação (MEC), na época, Paulo Speller, ter assinado um documento de concordância com os pontos iniciais para a reestruturação da carreira dos docentes. 

Em 2015, foi protocolada no MEC a pauta de reinvindicações do ANDES-SN, resultado do 34° Congresso da entidade. Em 10 de março, o Sindicato Nacional participou de uma reunião no MEC, na qual, o então ministro da Educação, Cid Gomes, não compareceu. O secretário executivo do ministério, Luiz Cláudio Costa, apenas justificou a ausência do ministro, sem dar qualquer resposta à pauta. 
 
“Mesmo diante das reiteradas solicitações de negociação junto ao MEC, completamos um ano da última reunião realizada para tratar das nossas reivindicações. O ANDES-SN tem pressionado o governo pela continuidade da negociação, com processo crescente de mobilização, expresso no desenvolvimento das atividades nas seções sindicais e na participação nas reuniões do setor, o que evidencia a insatisfação da categoria com os ataques do governo e a disposição de luta”, destaca Rizzo.

Calendário de Mobilização
 
a) Dia 01 de maio: fortalecer o primeiro de maio nos estados (colunas de servidores públicos nas manifestações);
 
b) Rodada de Assembleias de 28 de abril a 12 de maio, pautando o indicativo de greve com início no período de 25 a 29 de maio;
 
c) Dia 14 de maio: Dia nacional de paralisação dos docentes nas IFE em defesa da carreira-salário, dos direitos de aposentadoria e contra os cortes de verbas na educação;
 
d) Dia 14 de maio: reunião do Fórum dos SPF com a Secretaria de Relações do Trabalho / Ministério do Planejamento (SRT/Mpog), às 10h, com ato nacional em frente ao Mpog; 14 horas – Reunião ampliada do Fórum dos SPF;
 
e) Dia 14 de maio: mobilização, atos e paralisações em Brasília e nos estados, organizados pelos Fóruns estaduais dos SPF;
 
f) 15 e 16 de maio – Reunião do Setor das Ifes para avaliação da rodada de assembleias sobre o indicativo de greve;
 
g) 29 de maio – Dia nacional de paralisação contra o PL 4330 e MPs 664 e 665.

(Notícia extraída do seguinte endereço: http://www.andes.org.br/andes/print-ultimas-noticias.andes?id=7452)

Norma para contratação de serviços de vigilância e limpeza será alterada

Intenção é reduzir despesas dos órgãos públicos

O Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MP) trabalha para alterar a Instrução Normativa nº 2 de 2008, que trata da contratação de serviços gerais. As mudanças preveem a especialização da norma por tipo de serviço, como, por exemplo, vigilância e limpeza. A intenção é orientar os órgãos para contratar melhores serviços e diminuir despesas.

A norma foi objeto de um relatório da Controladoria-Geral da União (CGU). O documento, elaborado com participação da Secretaria de Logística e Tecnologia da Informação (SLTI), recomenda alterações na instrução normativa para adequar os custos com a realidade praticada no mercado, com redução nos valores de referência contratados para os serviços. As mudanças servirão de base para os órgãos realizarem suas próprias licitações.

“Como órgão central do Sistema de Serviços Gerais (Sisg), o nosso papel é orientar e criar normatizações que facilitem a gestão dos 367 órgãos integrantes”, explicou o secretário de Logística e Tecnologia da Informação do MP, Cristiano Heckert.

Desde o início de abril de 2015, a Portaria nº 7 estabeleceu que os preços máximos serão publicados no Portal de Compras Governamentais (Comprasnet). Anteriormente, os preços eram divulgados pelo MP por meio de 54 portarias. A mudança na divulgação das informações gerará uma economia estimada de R$ 102 mil por ano aos cofres públicos. Em 2014, a contratação desses dois tipos de serviço gerou uma despesa de R$ 1.255.487.848,50 ao governo federal.

(Notícia extraída do seguinte endereço: http://www.servidor.gov.br/conteudo.asp?p=noticia&ler=12318)