Arquivo diários:06/12/2017

Congregação da Escola de Engenharia faz reunião extraordinária

Aos Membros da Congregação da Escola de Engenharia da UFMG,

Convoco V.Sas. para a 1181ª Reunião da Egrégia Congregação da Escola de Engenharia, em regime de urgência, no dia 07/12/2017 (quinta-feira) às 10:00 horas, no Auditório Principal da EEUFMG, para tratar do ponto único de pauta:

APROVAÇÃO DE MOÇÃO DE REPÚDIO AO ATAQUE SOFRIDO PELA UFMG EM 06/12/2017, QUE RESULTOU NA CONDUÇÃO COERCITIVA PELA POLÍCIA FEDERAL DO REITOR E DA VICE-REITORA.

Observação:

A presente reunião será aberta a todos os membros da Comunidade da Escola de Engenharia.

Atenciosamente,
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Cícero Murta Diniz Starling

Professor Titular
Vice-Diretor da Escola de Engenharia
Universidade Federal de Minas Gerais

 

Confies divulga nota sobre a condução coercitiva de diretores da UFMG e da Fundep

“Esses mandados são abusivos, pois deveriam ser antecedidos por carta convocando-os para prestar esclarecimentos. Como em outros casos, o dano é irreparável, face ao comportamento estridente da mídia que se nutre financeiramente disso”, afirma o presidente da entidade, Fernando Peregrino

Leia a nota na íntegra:

O Confies vem a público para dizer que acompanha com atenção os acontecimentos em Minas Gerais. Sabe-se que foram convocados a prestar informações  à Polícia Federal, sobre dois projetos já encerrados, um ex-reitor e seu ex-vice-reitor, o reitor e vice atual e o nosso colega presidente da Fundep, além de um dos membros da diretoria do CONFIES.

Foram mandados de condução coercitiva da PF dados por algum juiz, supostamente.

Em princípio, esses mandados são abusivos, pois deveriam ser antecedidos por carta convocando-os para prestar esclarecimentos.

O dano à imagem dos convocados está feito.

Como em outros casos, isso é irreparável, face ao comportamento estridente da mídia que se nutre financeiramente disso. 

Estamos aguardando o relato dos colegas com quem falamos há pouco na PF por telefone e do colega Bruno Teatrini, advogado da Fundep, para tomar alguma decisão sobre o que o CONFIES fará em defesa deles e de nossa afiliada. Já comuniquei a ANDIFES.

O CONFIES declara-se em solidariedade aos colegas e continuará sua luta para aperfeiçoar o sistema de controle em um ambiente democrático, que preserve os direitos individuais do cidadão inscritos da Constituição Federal.

Rio de Janeiro, 6 de dezembro de 2017.

Fernando Peregrino

Presidente do CONFIES

Divulgação

[Notícia extraída do seguinte endereço: http://www.jornaldaciencia.org.br/edicoes/?url=http://jcnoticias.jornaldaciencia.org.br/3-confies-divulga-nota-sobre-a-conducao-coercitiva-de-diretores-da-ufmg-e-da-fundep/]

ANPG e APGs mineiras se posicionam sobre a ação da PF na UFMG no dia de hoje

A Polícia Federal (PF) deflagrou na manhã desta quarta-feira (6) a Operação Esperança Equilibrista na UFMG, com o objetivo de apurar a não execução e o desvio de recursos públicos. O reitor Jaime Arturo Ramírez, a vice-presidente, Sandra Regina Goulart Almeida, o ex-reitor Clélio Campolina e mais alguns professores da universidade foram levados coercivamente pela PF para prestar depoimentos, em uma ação que fere os direitos de todos os cidadãos.

A ANPG se posiciona contra e alerta: “Estamos sofrendo uma tentativa de golpe na UFMG. Hoje pela manha o reitor Jaime e a vice reitora Sandra foram conduzidos pela policia federal sob acusação de desvio de recursos em obras relacionadas a um projeto sobre anistia executado pela UFMG. Jaime e Sandra são grandes progressistas, sabemos o que está em jogo. Essas ações da PF pretendem de desqualificar as gestões públicas com o tema da corrupção contribuindo para o debate de privatização das universidades. Não podemos nos calar diante do ataque à universidade pública! Não podemos aceitar a instrumentalização da justiça para interesses políticos e anti-nacionais!”, explicou a presidenta da entidade, Tamara Naiz.

Para o vice-presidente sudeste da ANPG, Laís Moreira muita coisa está em jogo: “O que aconteceu com a UFMG não pode ser tratado com normalidade,  é um ataque a reitora que recentemente foi eleita de maneira democrática mas principalmente, é um ataque a instituição. O que está em foco é deslegitimar a gestão da universidade pública e dos reitores mais progressistas. Precisamos nos posicionar! As APGs mineiras estão a postos para se somar a esta luta”, diz.

As pós-graduandas e os pós-graduandos da UFMG e ANPG estão mobilizados e junto com toda a diretoria da entidade escreveram uma nota sobre o assunto.

Leia a nota da ANPG

Nota sobre a ação da PF na UFMG

Hoje, logo pela manhã,  fomos surpreendidos pela notícia de que a Polícia Federal invadiu a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) levando em condução coercitiva o reitor, a vice-reitora, e mais seis pessoas em uma operação denominada de “Esperança Equilibrista”. A operação teria como alvo apurar desvios de recursos em obras no Memorial da Anistia, construído pela universidade.

A operação foi feita nos mesmos moldes da ocorrida na Universidade Federal de Santa Catarina, onde a Polícia Federal, em conjunto com a Controladoria Geral da União (CGU) e  o Tribunal de Contas da União (TCU), invadiram uma universidade numa operação midiática. Já sabemos o quão triste foi o desfecho desse  tipo de ação na UFSC, ocorrida em setembro deste ano.

O Reitor Jaime Arturo e a vice-reitora Sandra Goulart são democratas, progressistas e fortes defensores da universidade pública, por isso nos solidarizamos com eles e todos os professores conduzidos coercitivamente, pois sabemos o impacto que esse tipo de ação tem em suas vidas e carreiras como funcionários públicos. Não é razoável que, mesmo depois da trágica morte do reitor Cancellier (da UFSC), em outubro deste ano,  a PF não tenha mudado sua abordagem, já que manteve uma ação sem apuração em que não há suspeitos, mas há muita espetacularização. 

É preciso dizer que essa operação não é isolada, sabemos que o que está em jogo, essas ações da PF pretendem desqualificar as gestões públicas com o tema da corrupção, contribuindo para o debate de privatização das universidades, justamente num momento em que o próprio governo e organismos internacionais defendem a redução e a cobrança de mensalidade nas instituições públicas de ensino superior.

A ANPG e os pós-graduandos da UFMG estão mobilizados. Já havíamos denunciado, pela ocasião dos fatos na UFSC, que, neste momento  vivemos em um período de ataques às instituições públicas e tais práticas chegam mais uma vez à Universidade Pública Brasileira.

Afirmamos mais uma vez que continuaremos na defesa incansável da educação pública, gratuita e de qualidade e de mais investimento em pesquisa e desenvolvimento para que possamos superar esse conturbado momento da nossa história.

Reiteramos ainda nossa defesa pelo direito ao contraditório e da presunção de inocência para todos os indivíduos, garantidos pela constituição cidadã de 1988. Não podemos nos calar diante do ataque à universidade pública. Também não podemos aceitar a instrumentalização da justiça para interesses políticos e anti-nacionais!

Minas Gerais, 06 de dezembro de 2017

Associação Nacional dos Pós-graduandos (ANPG)
APG UFVJM
APG UFU
APG FIOCRUZ
APG UFV
APG UFJF
APG UFOP

[Notícia extraída do seguinte endereço: http://www.anpg.org.br/anpg-posiciona-se-sobre-a-acao-da-pf-na-ufmg/]