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Conselho Pleno da Andifes manifesta preocupação com extinção de cargos

Durante a primeira reunião ordinária do Conselho Pleno da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), no último dia 22, os reitores manifestaram preocupação em relação ao Decreto 9.262, de 9 de janeiro de 2018, que extingue cargos efetivos vagos e que vierem a vagar dos quadros de pessoal da administração pública federal, e veda abertura de concurso público para cargos especificados.

De acordo com o coordenador e a vice coordenadora do Fórum de Pró-reitores de Gestão de Pessoas (Forgepe), Maurício Viegas (UFRGS) e Miriam Dantas (UFRN), o impacto direto do decreto é a redução imediata do quadro de servidores em áreas que poderão comprometer a gestão das universidades federais.

“Só esse ano já são três decretos que interferem diretamente nos processos de trabalho das universidades. Dois dizem respeito à área de pessoal e outro que define a questão de cargos de representação”, destaca a pró-reitora.

Maurício explica que as novas regras estão sendo decretadas sem o profundo conhecimento da realidade das universidades e sem estudos prévios que possam subsidiar as decisões. “A gente está tendo uma gestão muito definida por decretos que interferem diretamente nas rotinas e nos processos das instituições. Isso diminui a eficiência, é claro. Uma solução que temos, hoje, é a questão da terceirização, mas impacta no orçamento que já está comprometido. A longo prazo, nós temos uma redução de 19 mil vagas administrativas.”

O pró-reitor ainda lembrou que a redução no número de vagas já vem ocorrendo ano a ano. “A redução efetiva não é aceitável. Já há uma demanda de passivo de vagas que estavam pactuadas e nunca saíram. Em 2017, tivemos uma quantidade de vagas inferior ao que era necessário. E agora vem uma medida que, efetivamente, reduz a nossa força de trabalho.”

O presidente da Andifes, reitor Emmanuel Tourinho (UFPA) informou que foi encomendado ao Forgepe estudo para preparação de um projeto de lei com a finalidade de melhorar o quadro de funcionários das universidades federais.

As preocupações dos dirigentes foram apresentadas ao secretário de Educação Superior (SESu), Paulo Barone, e à presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas (Inep), Maria Inês Fini.

Além de destacar o compromisso de manter, continuamente, diálogo com a Andifes, Barone explicou que a SESu tentou reverter a situação quando o Ministério do Planejamento enviou a informação sobre a extinção dos cargos de auxiliares administrativos e outros. “Diante do contexto histórico, nós nos manifestamos, pedindo que isso fosse analisado com mais cautela. Ainda assim, o decreto foi efetivado. Infelizmente, já temos situações reais em que essa medida nos traz dificuldades. O decreto não foi produto de diálogo. Foi apenas uma medida imposta.”

Para Barone, a situação é preocupante. “Não temos previsão da liberação de novos quadros para professores e técnicos administrativos. Como estamos em ano eleitoral, teremos uma janela curta para tratar até mesmo daquilo que já temos a autorização provida no ano passado, pois três meses antes da população ir às urnas, não poderemos fazer contratações.”

O secretário informou que até o momento, o Governo liberou 40% dos recursos destinados a investimentos, enquanto o MEC já recebeu 80%. “Nesse sentido, precisamos iniciar as tratativas de distribuição desses recursos, considerando o ano atípico. A nossa taxa de execução orçamentária em 2017 alcançou 91% o total dos recursos, sendo 100% de recursos para custeio e uma taxa menor para capital. Temos bons sinais de que isso deva se repetir esse ano.”

Barone também destacou que a secretaria está buscando soluções para projetos que interferem na gestão das universidades, de forma particular. “Há muitos projetos de menor extensão que apoiam ações regionais das instituições. Estamos executando ações para dar fôlego e tranquilidade às universidades, como a quitação de dívidas referentes à aquisição de terrenos e ações judiciais sobre reintegração de posse. Estamos olhando caso a caso.”

De acordo com Barone, a SESu também está verificando respostas para os quadros funcionais do Hospital da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), que precisa de novas contratações com urgência. “E sobre o hospital da Universidade Federal de São Paulo, tenho alegria em informar que as obras estão em processo de breve finalização, e já estamos em tratativas para garantir que, assim que o hospital for concluído e entregue pela construtora, já entre em operação”.

Sobre a admissão de novos estudantes, o secretário apresentou um panorama das políticas públicas que mudam a estrutura do ensino médio e o Sistema de Seleção Unificada (Sisu). “Verificamos esse cenário como uma cadeia que conecta a futura base curricular para o ensino médio, visando à preparação dos nossos estudantes nessa etapa marcada por enormes dificuldades, de naturezas variadas, e que motivam uma grande evasão na etapa seguin te. Tudo isso é objeto de tratativas, que resultarão em avaliação do Enem, para definir horizontes para um ensino que desenvolva competências de natureza analítica e domínio intelectual.”

Maria Inês Fini informou que todos esses movimentos da SESu estão sendo acompanhados pelo Inep. “Há um novo desafio para continuar a atender às prerrogativas do Sisu, tendo como diretrizes as reformas da Base Curricular Comum e do Ensino Médio. Estamos atendendo a um princípio mais moderno, mas sinalizando para as escolas que essas novas competências e habilidades deverão ser alvo e objeto da ação dos professores para buscar e oferecer soluções para os nossos jovens.”

A presidente do Inep ainda falou que considera um novo e duplo desafio a atenção às conformidades do Ensino Médio e “da mesma maneira e com igual importância”, a continuidade ao atendimento das prerrogativas do Ensino Superior.

Sobre a reformulação do Enem, Maria Inês fez o compromisso de submeter à avaliação dos reitores. “O novo Enem também obedecerá à instrução geral de 1800 horas obrigatórias, mas respeitará a aplicação nas áreas de conhecimento. Em 2018, o Enem ainda terá o mesmo formato dos anteriores. Para 2019, nós submeteremos a matriz que passaremos a privilegiar à avaliação e apreciação aos senhores, e de toda a Andifes.”

[Notícia extraída do seguinte endereço: http://www.andifes.org.br/conselho-pleno-da-andifes-manifesta-preocupacao-com-extincao-de-cargos/]

Universidades Federais participam do combate contra o Aedes aegypti

O Ministério da Educação (MEC) apresentou terça-feira, 02/02/2016, a campanha Zika Zero, que visa mobilizar estudantes, professores e servidores da educação para o combate do mosquito Aedes aegypti, transmissor dos vírus causadores da Zika, dengue e da febre chikungunya. O anúncio foi feito durante encontro, que reuniu a Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) e outras entidades do meio acadêmico e escolar.

A estratégia da campanha é usar a abrangência das redes federal, distrital, estaduais e municipais de educação para levar informações sobre as formas de extermínio do mosquito e identificação da doença. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), um milhão de pessoas já foram contaminadas pelo vírus Zika no mundo. A estimativa é que, ainda este ano, o número de infectados nas Américas alcance quatro milhões de pessoas.

“A única força social verdadeiramente capaz de mobilizar o Brasil e enfrentar essa questão somos nós, da educação”, afirmou o ministro, Aloizio Mercadante. Segundo ele, o país está agora em uma guerra permanente contra o mosquito transmissor. “Não faremos uma campanha com data, evento ou atividades isoladas. O combate ao mosquito é uma causa do país, de todos os brasileiros, em todos os lugares, cotidianamente. É, portanto, também uma causa da educação”, destacou Mercadante.

Foto: João Neto/MEC

Para a presidente da Andifes e reitora da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Maria Lúcia Cavalli Neder, a comunidade acadêmica está engajada na campanha. “São 60 milhões de pessoas nas escolas, entre servidores e alunos, e se colocarmos todas essas pessoas trabalhando, agindo conjuntamente com suas famílias, multiplicaremos muito as ações de combate ao mosquito”, disse a reitora. Maria Lúcia garantiu que a Andifes e as universidades federais estão mais uma vez a serviço da sociedade e na linha de frente dessa guerra.

Segundo o presidente do Colégio de Pró-Reitores de Extensão das Universidades Brasileiras (COEX), Fernando Arthur, que também participou do encontro no MEC, há uma disposição institucional em se mobilizar contra o mosquito. “Estamos empenhados nessa ação preventiva, que vai transformar pessoas em agentes conscientizados”, completou.

Entre as ações previstas para o combate ao Aedes aegypti estão a distribuição de material educativo, a reitores, diretores, secretários, servidores e pais de alunos com orientações para evitar a proliferação. Também haverá distribuição da cartilha aos estudantes.

Além disso, a partir do dia 13 de fevereiro, 220 mil homens das forças armadas passarão a trabalhar no combate a criadouros do inseto por todo o país, e nos dias 19/02, 26/2 e 04/03, será a vez da comunidade se engajar na campanha, participando das atividades periódicas de luta ao mosquito, em todas as escolas e Universidades.

 

E, ainda, a assinatura do Pacto a Educação Brasileira contra o Zika, quando as secretarias estaduais e municipais de educação se comprometerão com a Zika Zero. Dos 356 municípios. 115 concentram grande quantidade de casos de microcefalia, doença associada ao vírus. A solenidade está marcada para a quinta-feira, 04. Na ocasião, também serão discutidas outras estratégias de conscientização.

Parceria – De acordo com a Andifes, desde o início do ano, as Universidades Federais estão unidas na tentativa de eliminar focos do mosquito nos campi das instituições federais, por meio de procedimentos rigorosos de controle, limpeza e orientação da comunidade; e bem como nas atividades de ensino, pesquisa e extensão. Entre outras iniciativas, a entidade está firmando um convênio com o Ministério da Saúde para apoiar à qualificação de profissionais no plano de respostas à ocorrência de microcefalia relacionada à infecção pelo vírus Zika.

Para mais informações, acesse: http://combateaedes.saude.gov.br/

(Notícia extraída do seguinte endereço: http://www.andifes.org.br/universidades-federais-participam-do-combate-contra-o-aedes-aegypti/)

As Universidades Federais e suas Fundações de Apoio

A Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), ciente de que as Universidades Federais, com o conhecimento que produzem e os seus recursos humanos altamente qualificados, representam destacado instrumento de desenvolvimento social, político, econômico e tecnológico para o país, tem acompanhado as notícias divulgadas na mídia nacional envolvendo contratos e convênios entre algumas Universidades e suas Fundações de Apoio.

Para que esse desenvolvimento avance com mais efetividade, seguindo tendências mundiais da aplicação do conhecimento, as Universidades Federais contam com o importante subsídio legal das Fundações de Apoio. Elas representam um caminho eficaz para a interação da Universidade com o setor produtivo, com órgãos dos Governos e com entidades da sociedade civil, especialmente no que tange à ciência, à tecnologia e à inovação. Essa relação, no entanto, não é arbitrária, está sujeita a leis federais, a normas internas das próprias Universidades, a prestação de contas e a fiscalização por parte dos órgãos de controle e do Ministério Público.

Contudo, a interação universidade-sociedade esbarra em uma legislação complexa e mesmo anacrônica. Essa realidade tem levado a Andifes – juntamente com outras entidades que atuam nas áreas de educação, ciência, tecnologia e inovação – a debater mudanças nos marcos legais, propondo e apoiando melhorias: em leis, como a Emenda Constitucional nº 85; o Projeto de Lei 2.177/11, que institui o Código Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação; e os decretos que regulam o funcionamento das Fundações de Apoio.

Simultaneamente ao debate sobre mudanças na legislação, a Associação tem intensificado a interlocução com os órgãos de controle, notadamente o Tribunal de Contas da União (TCU), a Controladoria Geral da União (CGU), e a Advocacia Geral da União (AGU), assim também com o Ministério da Educação (MEC) e com o Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). Dado que a legislação que dispõe sobre a atuação das instituições de apoio não tem interpretação pacífica pela administração pública, o diálogo com as instituições de controle se revela indispensável, colaborando para a busca permanente da correta aplicação da lei pelas Universidades Federais.

É dentro desse contexto que os casos publicados nas reportagens devem ser considerados e criteriosamente esclarecidos, dado o envolvimento de verba pública. Porém, levando-se em consideração o montante de recursos financeiros de responsabilidade das Fundações de Apoio, entendidos como exceção, portanto mais atestam a qualidade e pertinência da relação entre fundações e universidades do que o contrário.

A Andifes entende que qualquer situação concreta, cuja interpretação inicial identifique conflito com as normas vigentes, deve ser apurada pelo devido processo legal, absorvida criticamente a experiência e aprimorados os processos, cabendo às autoridades competentes o julgamento, quando for o caso.

Para uma melhor compreensão sobre o que foi divulgado nos últimos dias pela imprensa, é importante destacar que é absolutamente legal a realização de contratos e convênios entre Universidades Federais e Fundações de Apoio. As duas naturezas jurídicas da prestação de serviço, através de contratos e convênios, são distintas e precisam ser levadas em consideração na análise dos casos apresentados.

(Notícia extraída do seguinte endereço: http://www.andifes.org.br/?p=39284)