No mesmo momento em que o mundo volta os esforços para a contenção da pandemia do novo coronavírus, a transmissão da gripe H1N1 e da dengue também preocupam. Isso porque o momento também é propício para a disseminação dessas doenças.
A questão é que todas essas enfermidades podem apresentar sintomas muito parecidos como febre, tosse, coriza, dor de cabeça e de garganta.
Por isso, professor e infectologista do Departamento de Clínica Médica da Faculdade de Medicina da UFMG, Matheus Westin, explica quais são os sintomas e o que fazer em caso de suspeita de algumas dessas doenças.
Sobre a H1N1, o especialista esclarece:
Devido a pandemia do novo coronavírus, o Ministério da Saúde antecipou a campanha contra a Gripe (H1N1, H3N2 e influenza B), que iniciou nessa segunda-feira, 23 de março. Nesta primeira etapa, a vacinação será em idosos e profissionais de saúde.
O professor explica a importância de imunizar a população mais vulnerável para a H1N1 neste momento:
Antes de ir se vacinar, é importante buscar orientações sobre a maneira como essa imunização será disponibilizada. Algumas cidades irão oferecer ‘drive-thru’ para vacinação e a disponibilizará em outros locais para evitar aglomeração de pessoas nos postos de saúde.
Vacinação
A segunda fase da campanha começa em 16 de abril para doentes crônicos, professores, profissionais das forças de segurança e salvamento. De 9 a 23 de maio, serão vacinadas as crianças de seis meses a menores de seis anos, pessoas com mais de 55 anos, gestantes, mães no pós-parto (até 45 dias após o parto), população indígena e portadores de condições especiais.
Dengue
Além da H1N1, a dengue também é uma doença que preocupa neste momento. O Brasil registrou mais de 300 mil casos da doença somente nas primeiras dez semanas de 2020, de acordo com dados do Ministério da Saúde.
Westin explica que a intensidade das chuvas em boa parte do país torna o cenário ideal para a proliferação do mosquito vetor da doença.
Segundo o professor, alguns sintomas da dengue também podem ser
confundidos com o novo coronavírus:
De acordo com o professor Matheus Westin, uma pessoa pode ter
dengue e o novo coronavírus ao mesmo tempo:
O especialista passa algumas orientações em caso de suspeita de
dengue ou quando não é possível distingui-la do novo coronavírus:
Para evitar a proliferação do mosquito Aedes Aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunha, não deixe água acumulada em vasos de plantas, pneus, garrafas plásticas e, até mesmo, em recipientes pequenos como tampas de garrafas. Piscinas sem uso e sem manutenção também podem se tornar criadouro do mosquito.
Fonte: Medicina UFMG