Concerto ‘Mulheres Compositoras” do Ars Nova-Coral da UFMG inaugura temporada 2020 do Quarta Doze e Trinta

Amanhã, quarta, 11 de março, acontece o primeiro Quarta Doze e Trinta do ano, com o espetáculo “Mulheres compositoras”, do Ars Nova-Coral da UFMG. O concerto celebra o Dia Internacional da Mulher e terá início às 12h30 na Praça de Serviços do campus Pampulha. O evento é gratuito e aberto ao público externo. 

Conduzido pela regente assistente Riane Menezes, o coral apresenta um repertório com obras, muitas delas inéditas, escritas por diferentes compositoras ao longo da história da música. Segundo a regente, montar o repertório não foi uma tarefa fácil. “A composição para coro ainda é um universo muito masculino. Mas, aos poucos, as mulheres ganham seu espaço e mais obras são lançadas a cada dia, principalmente na Europa e Estados Unidos”, conta.

O maestro Lincoln Andrade, regente titular do Ars Nova, lembra as dificuldades que as compositoras brasileiras enfrentam. “No Brasil, temos grandes compositoras para coro: Sirlei de Hollanda, Ester Scliar, Claudia Alvarenga, Kilza Setti, entre outras. O maior problema, no entanto, é a falta de uma política editorial que favoreça compositoras e compositores e que seja viável num país que ainda utiliza a fotocópia como grande difusor ilegal de partituras e livros”, explica.

Programa
O concerto começa com composições de duas monjas italianas renascentistas: Vittoria ou Raffaela Aleotti e Chiara Margarida Cozzolani. Elas escreveram obras polifônicas de grande porte, que exploram o texto como guia da música para coro a cappella ou acompanhado por contínuo.

Na sequência, serão apresentadas obras do século XIX com Clara Schumann, esposa de Robert Schumann e grande amiga de Johannes Brahms. Clara propôs novas mudanças interpretativas e mostrou sólida formação em teoria avançada e conhecimento harmônico.

A obra Renouveau, da compositora francesa Lili Boulanger, data do início do século XX. O século XXI é representado por duas obras sacras de compositoras norte-americanas: a canadense Eleanor Daley e a estadunidense Emily Doll.

A obra Dois Coros Mistos foi a escolhida para encerrar o concerto. A peça é uma reunião de dois temas afro-brasileiros em dialeto Iorubá, escrita pela paulistana Kilza Setti, que além de compositora é antropóloga e etnomusicóloga.

Fonte: UFMG Cultura

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